A representatividade é um tema extremamente atual, que olha para a forma como as pessoas são reconhecidas e retratadas na sociedade. Isto envolve o racismo, as reivindicações indígenas, o movimento feminista, o estigma social da obesidade, a intolerância religiosa, as pessoas com necessidades especiais e todas as questões relacionadas às minorias sociais.
Embora muitos não sejam minorias em quantidade, o são em representação. Na prática, são grupos que não estão devidamente representados na sociedade como deveriam, seja no espaço público, na política, nas artes, na mídia, em cargos de maior poder e prestígio social, entre outros.
A representatividade é não só um direito do cidadão, mas também uma longa luta por reconhecimento e por reparos de discriminações e sofrimento psíquico vivenciado ao longo de décadas.
Esta questão é tão enraizada, que muitas vezes os nossos erros com relação à representatividade não são deliberados. São detalhes tão sutis, que podemos cometê-los mesmo de forma inconsciente, sem perceber que estamos segregando grupos e excluindo pessoas. Podemos incorrer nestes erros por ações, ou até mesmo omissões, de maneiras às vezes não tão claras.
Por isso, aumentar a representatividade requer um esforço consciente, um cuidado adicional ao falar, manifestar ideias e agir em sociedade. É um processo contínuo de olhar, reconhecer e acolher o outro, tal como queremos (e precisamos) ser reconhecidos.
A psicanálise tem um papel importante nesse movimento de busca pela representatividade, compreendendo seus desdobramentos emocionais, sem jamais deslegitimar o sofrimento decorrente da falta de inclusão. Terapeutas atuam com uma escuta capacitada e acolhedora, compreendendo que a exclusão pode, sim, causar adoecimento emocional.
Conte comigo nesta jornada. A psicoterapia percorre um caminho de cura e de acolhimento emocional. E, mais do que isso, pode ajudar você a encontrar sua própria voz, para ocupar melhor seu espaço na família, nos seus grupos de convívio e na sociedade como um todo.
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