Relações afetivas podem se desgastar com o tempo. Geralmente, a rotina da vida a dois é apontada como a grande responsável pelo esfriamento e distanciamento dos casais.
Porém, ainda que possa ter influência, precisamos ter em mente que ela não é a única causa do enfraquecimento das relações.
Não existem fórmulas para definir como são as boas relações, mas é senso comum que elas requerem dedicação e compromisso. Para que uma relação se mantenha viva, é necessário que este seja um desejo em comum do casal. É preciso sintonia de propósitos e de ações.
Sem isso, dificilmente relacionamentos sobrevivem. Manter a intimidade emocional de um casal é sempre um trabalho a dois. Quando uma das partes não se compromete, gera-se insegurança, sensação de fragilidade ou indiferença na relação.
Quem é excessivamente apegado à sua individualidade, por exemplo, pode ver na relação empecilhos para a felicidade, o que faz com que não se comprometa com a relação. Isto pode levar a outra pessoa tanto a se afastar, quanto a fazer o oposto: tentar "compensar" a fragilidade da outra parte, criando pressões e assumindo para si responsabilidades que, na prática, deveriam ser partilhadas.
Nestes casos, o excesso de cobranças e críticas podem gerar atritos e peso à relação, levando as partes a se acusarem entre si, buscando culpados, mais do que soluções.
Nesses casos, um terapeuta pode ser de grande ajuda, para que se possa rever a relação e buscar um espaço de igualdade e equilíbrio, no qual ambos se empenhem para deixar a relação mais saudável.
Uma relação nunca é estática. Para mantê-la saudável, é necessário disposição para o diálogo e para rever o que não esteja funcionando bem. O verdadeiro comprometimento vai além de estar na presença do outro: ele também significa estar disponível para enfrentar adversidades e promover mudanças, sem desrespeitar espaços individuais, mas também sem se prender demais a eles.
Kommentare